A CIA passou a considerar “mais provável” que a origem da Covid-19 esteja ligada a um vazamento em laboratório, especificamente no Instituto de Virologia de Wuhan, do que a uma transmissão natural. A informação foi divulgada com base em uma reavaliação de evidências anteriores, segundo a agência Reuters. A mudança não foi motivada por novas descobertas, mas por uma análise de dados já existentes.
John Ratcliffe, novo diretor da CIA e defensor da teoria do vazamento, declarou ao site Breitbart que investigar a origem da pandemia é prioridade: “Nossa inteligência, ciência e bom senso indicam que a Covid surgiu de um vazamento no Instituto de Virologia de Wuhan”. Apesar disso, a CIA afirma que a revisão foi iniciada ainda no governo Biden, por solicitação de Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional.
Além da CIA, o FBI e o Departamento de Energia também apoiam a hipótese do vazamento, mas divergem sobre os responsáveis. Enquanto o FBI aponta o Instituto de Virologia de Wuhan, o Departamento de Energia sugere o Centro de Controle de Doenças da cidade como origem.
Por outro lado, cinco outras agências, incluindo o Conselho Nacional de Inteligência, avaliam que a origem natural é mais provável. No entanto, todas essas análises permanecem com “baixa confiança” devido à falta de evidências conclusivas.
Para confirmar a origem natural, seria necessário identificar o animal que transmitiu o vírus. Já a comprovação do vazamento exigiria provas de que os laboratórios envolvidos manipulavam um vírus precursor da Covid-19. A falta de transparência por parte da China continua sendo um obstáculo para o avanço das investigações.