O Bradesco liderou o ranking de reclamações procedentes divulgado pelo Banco Central (BC) referente ao primeiro trimestre de 2025. A instituição financeira somou 7.647 queixas consideradas válidas, alcançando o maior índice entre os “bancões”: 69,63. O número leva em conta o total de reclamações divididas pelo número de clientes — 109,8 milhões no caso do Bradesco.
O ranking, publicado nesta quinta-feira (24), mede a insatisfação dos usuários com base na relação proporcional entre reclamações e número de correntistas. Em segundo lugar, aparece o banco Inter, com índice de 62,14 e 2.272 queixas procedentes. A instituição contava com 36,6 milhões de clientes no período.
Na terceira colocação está o PagBank–PagSeguro, com índice de 58,84 e 1.885 reclamações. Com cerca de 32 milhões de clientes, o banco integra o grupo Folha, responsável também pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo portal UOL.
Os dados consideram os registros de clientes pessoa física ou jurídica no CCS (Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional) ou no SCR (Sistema de Informações de Crédito do Banco Central). Cada cliente é contabilizado apenas uma vez por instituição ou conglomerado.
Embora o número de correntistas seja um fator de comparação, ele não representa, segundo o BC, o impacto de cada banco no mercado. Em 2023, por exemplo, Bradesco, Caixa, Banco do Brasil e Itaú, os chamados “bancões, concentravam 57,8% das operações de crédito do país, 56% dos ativos financeiros e 57,9% dos depósitos totais do sistema.
Entre os principais motivos de queixas estão problemas com integridade, segurança ou legitimidade em operações de cartões de crédito (765 reclamações); insatisfação com o atendimento do SAC ou da Central de Relacionamento (4.621); e falhas em operações de crédito não consignado (3.418 reclamações).