As eleições para a presidência da Câmara e do Senado, marcadas para 1° de fevereiro, indicam a provável vitória de Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Apesar disso, candidaturas avulsas tentam dividir votos e enfraquecer a hegemonia dos favoritos.
No Senado, Alcolumbre já conta com o apoio formal de 10 bancadas partidárias, mas enfrenta resistência de “azarões” que usam pautas anti-STF para atrair votos. Entre os adversários estão Marcos Pontes (PL-SP), Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos do Val (Podemos-ES) e Soraya Thronicke (Podemos-MS). Esses nomes, sem chances reais de vitória, miram marcar posição para as eleições de 2026, quando dois terços das cadeiras da Casa serão renovados.
O voto secreto é outro fator que preocupa Alcolumbre. Mesmo com apoio das siglas, a adesão individual dos senadores não é garantida, especialmente diante da influência de temas como o impeachment de ministros do STF, defendido por Pontes e Girão.
Na Câmara, Hugo Motta desponta como favorito, com apoio de 495 dos 513 deputados, incluindo de partidos opostos como PL e PT. Motta consolidou sua candidatura após a desistência de Marcos Pereira (Republicanos-SP), presidente de sua sigla. Com o respaldo de Arthur Lira (PP-AL) e Ciro Nogueira (PP-PI), Motta deve suceder Lira, herdando pautas polêmicas, como a anistia aos extremistas do 8 de janeiro.