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A Ameaça Tarifária e o Jogo da Retaliação: Lula Insiste no Erro

A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre impor tarifas retaliatórias caso os Estados Unidos aumentem impostos sobre produtos brasileiros é mais um exemplo da sua incapacidade de enxergar os impactos de suas ações no longo prazo. Sua retórica populista e nacionalista ignora as consequências econômicas reais e se alinha a uma sucessão de erros que marcaram suas gestões anteriores.

No livro “A Década Perdida, Marco” Antonio Villa analisa como a condução errática da economia durante os governos do PT minou o crescimento sustentável do Brasil. O protecionismo excessivo, a falta de reformas estruturais e o discurso ideológico foram marcas registradas da era petista, que nos levaram a uma crise econômica profunda. Agora, Lula parece insistir nos mesmos erros, colocando o Brasil em uma posição vulnerável no tabuleiro do comércio internacional.

Na Teoria dos Jogos, situações como essa são analisadas como um Dilema do Prisioneiro, onde duas partes devem decidir entre cooperar ou trair. Se ambos impõem tarifas, o resultado é prejudicial para os dois, pois o custo do protecionismo supera os ganhos esperados. O equilíbrio de Nash dessa disputa sugere que a melhor opção é evitar a escalada tarifária, a não ser que haja um benefício claro e duradouro para um dos lados. Lula, contudo, parece incapaz de entender a dinâmica do jogo econômico e insiste em soluções simplistas.

Se o Brasil decide retaliar automaticamente, o jogo se transforma em uma estratégia de represália tit-for-tat, onde cada lado responde à ação do outro de forma equivalente. Esse tipo de abordagem pode ser eficiente para dissuadir um adversário, mas também pode levar a um ciclo de retaliações sem fim, tornando o ambiente econômico instável e imprevisível.

Historicamente, guerras comerciais são destrutivas. Os Estados Unidos e a China protagonizaram uma nos últimos anos, com ambos os países impondo tarifas e vendo seu crescimento econômico ser impactado. Empresas reduziram investimentos, cadeias produtivas foram desorganizadas e os consumidores pagaram a conta. No caso brasileiro, a dependência de mercados estrangeiros é ainda maior. Os EUA são um dos principais destinos de exportações brasileiras, especialmente em setores como agronegócio, alumínio e aço. Um aumento de tarifas poderia reduzir a demanda por produtos brasileiros e prejudicar a economia interna.

Além disso, é crucial reconhecer que, nesta negociação, o Brasil tem menos poder que os EUA. A economia americana é muito mais resiliente, e um confronto comercial traria danos muito mais severos ao Brasil do que aos Estados Unidos. O peso de qualquer retaliação seria sentido de forma desproporcional pelo povo brasileiro, que já sofre com uma economia fragilizada e uma carga tributária elevada. Enquanto os americanos podem absorver aumentos de custos com mais facilidade, o Brasil enfrentaria impactos diretos sobre sua produção, exportações e empregos, agravando a já instável situação econômica.

Se o objetivo é defender a soberania nacional, a melhor estratégia não é agir por impulso, mas sim adotar uma abordagem que maximize ganhos de longo prazo. No jogo comercial global, o Brasil se beneficia mais de uma postura negociadora, capaz de evitar conflitos desnecessários e garantir vantagens competitivas duradouras. Uma retaliação precipitada pode parecer uma vitória momentânea, mas no tabuleiro da economia, o que realmente importa é quem faz a melhor jogada de longo prazo. Infelizmente, Lula parece preferir repetir erros do passado a aprender com eles.

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Leonardo Correa

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