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Bolsonaro confirma que oposição tem votos para aprovar anistia do 8 de janeiro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (18) que a prioridade da oposição no Congresso é aprovar a anistia dos presos pelos atos de 8 de Janeiro e confirmou informação antecipada por Claudio Dantas, no programa ALive e no site, de que a Câmara já teria quorum suficiente para isso e que tratou do tema com Gilberto Kassab, presidente do PSD, partido com a maior bancada no Senado.

“Hoje, o que eu sinto, conversando com parlamentares, como os do PSD, é que a maioria votaria, é favorável [à anistia] e eu acho que na Câmara já tem quorum para aprovar a anistia”, declarou Bolsonaro.

8 de janeiro

Bolsonaro voltou a criticar as penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos envolvidos nos atos do 8 de Janeiro, classificando-as como desproporcionais. “Para essas pessoas, cada segundo é uma eternidade”, afirmou. O ex-presidente citou o caso de uma mulher com seis filhos, cujo marido foi condenado a 14 anos de prisão e está foragido.

“Aí eu te pergunto, essa punição é justa? Essa dosimetria é justa? 14? 17 anos de cadeia?”, questionou Bolsonaro, reforçando seu apoio à anistia.

A flexibilização da punição foi proposta pelo Partido Liberal (PL) e tem ganhado apoio dentro da oposição, que articula uma tramitação célere para o projeto.

Críticas à Lei da Ficha Limpa

Bolsonaro também criticou a Lei da Ficha Limpa e afirmou que tem sido usada para “beneficiar a esquerda e perseguir a direita”. Ele comparou sua inelegibilidade ao tratamento dado a outros políticos, como Dilma Rousseff, Lula e Sérgio Cabral.

“Olha, a Dilma foi cassada aqui. O Lula tiraram da cadeia. Anularam os três processos e disputou a eleição. Olha, Sérgio Cabral tá elegível. O que eles me fizeram? O que eu fiz? Justifica me tornar inelegível por me juntar com embaixadores? Dois meses antes, o Fachin se juntou com os embaixadores”, argumentou.

O ex-presidente foi declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob a acusação de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. No entanto, a oposição tenta modificar as regras da Ficha Limpa para permitir sua participação nas eleições de 2026.

Bolsonaro afirmou não estar preocupado com a denúncia que a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar contra ele sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. “Eu sigo trabalhando e defendendo as pautas que interessam ao Brasil”, disse.

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Redação

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