Funcionários dos Correios sofreram atrasos no pagamento de janeiro, descumprindo um acordo vigente desde 1969. O Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo) cobrou explicações e promete acionar a Justiça. Houve protestos na capital paulista.
A atual gestão, comandada pelo advogado Fabiano Silva dos Santos, registrou em 2024 o maior prejuízo da história da estatal: R$ 3,2 bilhões. A crise financeira, agravada por decisões como a desistência de processos bilionários, levou à abertura de uma CPI na Câmara.
Os Correios alegam “inconsistências” e dados bancários desatualizados como causa do atraso de 124 pagamentos, número contestado pelo sindicato. Além disso, a centralização do setor de RH em Minas Gerais teria desorganizado a folha de pagamento.
A estatal enfrenta risco de colapso financeiro. Apesar de culpar a gestão anterior e a “taxa das blusinhas” de Fernando Haddad, a atual administração tomou medidas controversas:
• Desistência de ação trabalhista bilionária;
• Assunção de dívida de R$ 7,6 bilhões com a Postalis;
• Gasto de R$ 200 milhões com “vale-peru”.
Diante do rombo, os Correios impuseram um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões para 2025, mas mantiveram o documento sob sigilo.