Hugo Motta, novo presidente da Câmara, não fez qualquer acordo com o PL de Jair Bolsonaro para aprovação da Anistia. O acordo feito foi com Arthur Lira, quando ainda era presidente, e o alagoano suspendeu a tramitação da proposta na CCJ para criar uma comissão especial que nunca foi instalada.
Lira é padrinho da candidatura de Motta e pode influenciar o debate, pressionando pela abertura da comissão, mas garantir maioria para aprovar em plenário será responsabilidade exclusiva do PL, que terá de fazer um corpo a corpo com os líderes partidários. Eu questionei Altineu Côrtes, vice-presidente da Câmara, sobre as chances de aprovação.
Sua resposta foi: “Acho que o projeto pode avançar”, disse. Traduzo: avançar significa que, a depender da articulação, pode ser que instalem a comissão especial e só.
Da mesma forma, o questionei sobre as chances de um impeachment de Lula, diante das provas irrefutáveis de pedalada fiscal com o programa Pé-de-meia. “Hoje não creio que há ambiente para um impeachment.” Ele mencionou a popularidade menor, mas resilitente de Lula e as condições no próprio Parlamento.
* Leia essa e outras notícias também na coluna de Claudio Dantas na Revista Oeste.