Três ex-reféns israelenses libertadas no último domingo (19) relataram que o grupo terrorista Hamas as manteve em abrigos administrados pela UNRWA, a agência da ONU para refugiados palestinos, na Faixa de Gaza. As mulheres – Romi Gonen (24), Emily Damari (28) e Doron Steinbrecher (31) – foram sequestradas durante os ataques de 7 de outubro de 2023 e passaram 471 dias em cativeiro.
Em entrevista ao canal israelense Channel 13, elas revelaram que os terroristas utilizaram instalações humanitárias da ONU para esconder reféns, cientes de que as Forças de Defesa de Israel (FDI) evitariam atacar áreas civis. “As ex-reféns foram mantidas em abrigos que deveriam ser destinados a civis”, publicou o governo israelense em suas redes sociais, criticando a postura da ONU.
O governo de Israel já havia denunciado anteriormente o uso de instalações da UNRWA pelo Hamas para armazenamento de armas, construção de túneis e proteção de terroristas. Após os ataques de outubro, essas acusações ganharam força, com evidências apresentadas por Israel e pela ONG UN Watch de que funcionários da agência colaboraram com o grupo terrorista.
Desde 2014, Israel denuncia que escolas e abrigos geridos pela UNRWA em Gaza são utilizados para atividades terroristas. A recente revelação das ex-reféns reacendeu críticas à ONU, que, segundo Israel, “se recusa a condenar o Hamas”.
Israel implementou protocolos de atendimento às vítimas, incluindo suporte médico e psicológico, além de avaliações específicas para reféns recém-libertados. A denúncia das ex-cativas reforça a complexidade e a gravidade da atuação do Hamas na Faixa de Gaza, com impacto direto em civis e na diplomacia internacional.