A Meta informou à AGU que o encerramento do programa de verificação de fatos será implementado inicialmente apenas nos Estados Unidos, mas a empresa planeja expandir a medida para outros países no futuro, segundo divulgação prévia da CNN. A decisão foi comunicada após determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que solicitou explicações sobre o tema.
Em documento enviado nesta segunda-feira (13), a Meta afirmou que o objetivo é testar e aprimorar as “Notas da Comunidade” antes de ampliar a iniciativa globalmente. Segundo a empresa, o modelo busca empoderar os usuários, permitindo que eles adicionem contexto às postagens de maneira colaborativa, reduzindo o risco de viés na moderação de conteúdo.
“Os serviços da Meta permitem que bilhões de pessoas oriundas de diferentes países e culturas se expressem livremente em dezenas de idiomas. Buscamos dar voz às pessoas; servir a todos; promover oportunidades econômicas; viabilizar que as pessoas se conectem e construam comunidades; manter as pessoas seguras e proteger a privacidade”, afirma a big tech de Mark Zuckerberg.
A big tech reiterou o compromisso com a liberdade de expressão, mas reconheceu erros na aplicação de suas políticas no passado. “Em alguns casos, exageramos na aplicação de nossas regras, limitando debates políticos legítimos e impedindo a livre expressão que pretendemos viabilizar. Queremos que as pessoas possam falar abertamente sobre os assuntos que importam para elas, mesmo que outras pessoas discordem ou considerem tais assuntos questionáveis.”, disse a empresa.
Apesar das mudanças, a Meta garantiu que continuará removendo conteúdos que incitem violência, representem risco à segurança pública ou comprometam processos políticos, como eleições. A empresa destacou que seu foco será em violações graves, como terrorismo, exploração sexual infantil, fraudes e golpes, utilizando sistemas automatizados para esses casos.
Com a substituição do programa de checagem pelas “Notas da Comunidade”, a Meta busca equilibrar a moderação de conteúdo e a proteção à liberdade de expressão.