Amélia Gomes da Silva Torres, mãe do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres, faleceu nesta sexta-feira (29) em Brasília. Ela enfrentava um câncer no cérebro e estava internada em um hospital particular em Brasília.
Desde maio de 2023, Anderson Torres cumpre prisão domiciliar, acusado de omissão nos atos extremistas de 8 de janeiro. A defesa do ex-ministro solicitava, desde 16 de outubro, a flexibilização das medidas cautelares para que ele pudesse acompanhar a mãe durante as noites e fins de semana no hospital. O pedido foi autorizado apenas em 22 de novembro pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo os advogados de Torres, a liberação foi tardia, ocorrendo quando Amélia já estava entubada e inconsciente. Após a autorização, ele passou a acompanhar a mãe no hospital durante as noites.
Em 21 de novembro, Anderson Torres foi indiciado, junto com outras 36 pessoas, no inquérito sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. Entre os indiciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e os generais e ex-ministros Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira. Todos são acusados de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Na última semana, a Polícia Federal também indiciou Torres por integrar um “núcleo jurídico” que teria ajudado Jair Bolsonaro em 2022 a elaborar uma minuta de golpe para se manter no poder após a derrota eleitoral. A defesa do ex-ministro não se manifestou sobre o relatório da PF e o indiciamento.
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