O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou o juiz do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) Sandro Nunes Vieira, citado no relatório da Polícia Federal sobre uma suposta tentativa de golpe. Embora o magistrado não esteja entre os 37 indiciados pela PF, ele é mencionado no relatório por ter prestado ‘assessoria’ informal e ilegal ao Partido Liberal (PL) contra as urnas eletrônicas, após as eleições de 2022.
Mensagens recuperadas no aparelho do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, mostram que o relatório do Instituto Voto Legal, que embasou a ação do PL no TSE pedindo uma “verificação extraordinária” das urnas, contou com o apoio do juiz federal para ser produzido.
O afastamento sumário de Sandro Nunes Vieira contrasta com a decisão do CNJ de rejeitar prontamente a ação do Partido Novo, que questionava os juízes auxiliares de Alexandre de Moraes no STF e no TSE. O partido entrou com a reclamação após o jornal Folha de S. Paulo revelar que Moraes havia designado os juízes Airton Vieira e Marco Antônio Martins Vargas para investigar pessoas nos inquéritos do STF. O corregedor do CNJ, Luís Felipe Salomão, concluiu que não havia indícios de infração funcional por parte dos juízes auxiliares, considerando as orientações naturais entre ministros e seus assessores.