Jair Bolsonaro esteve no Senado mais cedo e falou sobre sua conversa com Arthur Lira que resultou na criação de uma comissão especial para análise do PL da anistia, e consequente suspensão da tramitação na CCJ. Como revelei mais cedo, o presidente da Câmara alegou que ainda não há clima no plenário para aprovação do texto e que o relatório de Rodrigo Valadares contém inconstitucionalidades que levariam o STF a derrubar o projeto depois de aprovado. ‘
A estratégia é trazer à tona, com cobertura da mídia, casos absurdos de condenações do 8 de janeiro, criando um ambiente mais favorável à sua aprovação, inclusive para que o PL não seja contestado pelo STF.
“Cada segundo para aquelas pessoas que estão presas injustamente é uma eternidade (…) O que o pessoal pretende ao criar a comissão? Trazer para cá os órfãos de pais vivos. Vocês vão ficar chocados”, disse Bolsonaro, que espera a votação do texto ainda neste ano. “O mais importante para mim é botar em liberdade essas pessoas que estão presas.” O ex-presidente parece decidido a iniciar uma campanha nacional pela anistia dos presos políticos, como uma pauta suprapartidária. Ele disse que não há preferência por quem será o relator e cutucou Lula. “Que o PT seja o pai da anistia… gostaria que o Lula tomasse essa iniciativa. Com todos os defeitos que ele tem, será que não tem coração? São pessoas humildes!”
Questionado sobre a possibilidade de sua reabilitação política para 2026, Bolsonaro disse que “se conversa de tudo e, como em todo namoro, é quase tudo sim”. E provocou: “Fiquei sabendo que o Zé Dirceu, o mentor de tudo que está errado neste país, está livre de tudo.” Por fim, negou que o tema da anistia seja condicionante para o apoio do PL a Hugo Motta, candidato de Lira à sucessão para o comando da Câmara.
Respostas de 2
No Brasil, somente a passagem do tempo, um agente natural da evolução humana para nos ajudar.
você é um otimista.