A sessão de ontem com Marina Silva na Câmara dos Deputados pegou fogo, por assim dizer. A oposição se armou de argumentos para expor a incompetência da gestão da Ministério do Meio Ambiente e ela respondeu de forma evasiva e vitimista. A imprensa woke, com manchetes distorcidas hoje, tenta blindá-la passando uma ideia de que bolsonaristas a ‘atacaram, bateram boca’, chamaram-na de ‘capacho de ONG’ e ‘adestrada’.
O que machuca Marina e seus aliados na mídia é a realidade de incêndios recordes que estampam problemas crônicos, muito bem expostos por Ricardo Salles, o ex-ministro, que falou com propriedade, dirigindo-se à ministra e a seu secretário-executivo João Paulo Capobianco, a quem conhece há tempos. Ironicamente, Marina optou por não enfrentar as questões colocadas por Salles e concentrou-se em vitimizar-se diante de algumas palavras mais duras de outros parlamentares, como Júlia Zanatta e Evair de Mello.
Respostas objetivas, porém, não foram oferecidas à audiência parlamentar, ou seja, ao povo. Seguimos sem saber por que as queimadas batem recordes na atual gestão, o que realmente foi feito para apagá-las e o qual o plano para evitá-las. De resto, o que temos é retórica, o principal ativo de lideranças da esquerda woke, como Marina. São ótimos no discurso e péssimos na gestão.