O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (4) que seu governo pretende “assumir o controle” da Faixa de Gaza. A declaração ocorreu após reunião com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Trump também voltou a defender a realocação dos palestinos para países vizinhos, argumentando que a região se tornou um “lugar de destruição”.

“Os EUA vão assumir o controle da Faixa de Gaza e serão responsáveis por desativar todas as bombas não detonadas e outras armas no local. Além disso, promoverão o desenvolvimento econômico para gerar empregos e moradias ilimitadas para a população da região”, afirmou Trump. Ele ainda declarou que, “se necessário”, poderá enviar tropas para Gaza.

O presidente indicou que os EUA manterão uma presença “de longo prazo” na área e reafirmou sua proposta de transferir os palestinos para o Egito ou Jordânia, com os custos sendo assumidos pelos países vizinhos. “A Faixa de Gaza tem sido um símbolo de destruição por muito tempo. Os palestinos deveriam ser realocados para países dispostos a apoiar ações humanitárias”, disse.

Trump argumentou que os palestinos desejam retornar a Gaza apenas por falta de alternativa e insistiu que poderiam ser reassentados em locais “melhores”. “Os Estados Unidos vão assumir Gaza e fazer um trabalho maravilhoso”, concluiu. Segundo ele, a proposta recebeu “grande apoio” das “principais lideranças” e seria a solução para trazer paz ao Oriente Médio.

Netanyahu descreveu o plano de Trump como “um futuro diferente para aquela terra” e sugeriu que vale a pena analisá-lo. Mais cedo, ao lado do primeiro-ministro israelense, Trump reforçou seu pedido para que palestinos não retornem a Gaza, mesmo com um acordo de cessar-fogo com o Hamas.