O TikTok saiu do ar nesta madrugada nos Estados Unidos em virtude da decisão da Suprema Corte que confirmou a constitucionalidade da Lei federal de Proteção aos Americanos contra Aplicativos Controlados por Adversários Estrangeiros. Donald Trump, que toma posse amanhã, já sinalizou que pretende adiar a proibição do aplicativo no país por 90 dias e que deverá renegociar sua permanência. “Se eu decidir fazer isso, farei o anúncio na segunda-feira”, disse à NBC. Em 2020, o próprio Trump tentou banir o aplicativo.
A mudança de postura é efeito do próprio resultado eleitoral, que Trump atribui em parte à campanha via TikTok, que alcançou os jovens. “Você sabe que tenho um lugar especial no coração para o TikTok, porque ganhei a juventude por 34 pontos, e há quem diga que o TikTok tem algo a ver com isso”, disse, em dezembro. O CEO do TikTok, Shou Zi Chew, apoiou a eleição de Trump e foi convidado para a posse. “Esta é uma posição forte pela Primeira Emenda e contra a censura arbitrária”, disse Chew.
A Casa Branca, ainda na administração Joe Biden, acusa a ByteDance, que controla o aplicativo, de coletar dados confidenciais de mais de 170 milhões de americanos para atividades de espionagem e a obrigou a vender a operação nos EUA para algum empresário americano. A empresa chinesa negou-se a cumprir a ordem executiva e, ao recorrer à Suprema Corte, alegou que seu banimento violaria a Primeira Emenda, que protege a liberdade de expressão. A ByteDance também é dona do CapCut e do Lemon8; todos ficaram indisponíveis em território americano.