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PT pede prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro ao STF

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Deputado é acusado de buscar sanções contra o STF com apoio dos EUA

O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi alvo de um pedido de prisão preventiva apresentado nesta quinta-feira (17) ao STF. A notícia-crime foi protocolada pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) e pelo senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso Nacional. Eles acusam Eduardo de “agir contra a soberania nacional ao buscar apoio nos Estados Unidos para pressionar o Supremo”.

Segundo os parlamentares, Eduardo teria articulado com autoridades americanas a aplicação de sanções contra ministros do STF, o que teria influenciado na adoção de tarifas comerciais impostas ao Brasil pelo presidente dos EUA, Donald Trump. “Essas ações representam verdadeiro ato de traição à Pátria”, escreveram, ao acusar o deputado de tentar instrumentalizar um governo estrangeiro para retaliar decisões do Judiciário brasileiro.

Caso o STF não autorize a prisão imediata, os petistas pedem que Eduardo seja impedido de sair do país sem aval judicial, tenha o passaporte diplomático suspenso, sofra medidas de bloqueio patrimonial e fique proibido de manter contatos com autoridades internacionais.

Eduardo já é investigado em inquérito conduzido por Alexandre de Moraes, que apura tentativa de obstrução das investigações sobre organização criminosa e suposto ataque ao Estado Democrático de Direito. A apuração foi aberta em maio por ordem da Procuradoria-Geral da República, após publicações em que o parlamentar defende sanções contra integrantes do STF e da PGR.

No mesmo pedido, Lindbergh e Randolfe sugerem ampliar o inquérito para incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo, ambos acusados de supostamente atuar junto ao governo dos EUA “para fomentar teorias conspiratórias e fornecer alegações falsas”.

Para os parlamentares, trata-se de uma tentativa deliberada de desestabilizar a política externa brasileira.

A decisão agora está nas mãos de Moraes, que já centraliza investigações contra Bolsonaro e seus aliados.

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