José Múcio disse a Lula que deseja deixar o Ministério da Defesa, mas o presidente lhe pediu para que permaneça no cargo até o fim do primeiro semestre. O motivo? Não encontrou quem queira assumir uma pasta cheia de problemas, com recursos limitados e nenhum dividendo político-eleitoral.
Para contornar a situação, Lula considera escolher um militar. Três nomes estão sobre a mesa: o brigadeiro Joseli Parente Camelo, atual presidente do Superior Tribunal Militar e preferido de Lula; o general Edson Leal Pujol, que foi o primeiro comandante do Exército de Jair Bolsonaro, e o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que comandou as forças de paz da ONU no Haiti e foi secretário de governo de Bolsonaro por cinco meses.
Quem for substituir Múcio terá o desafio de modernizar o pensamento militar, afastando as Forças Armadas ainda mais da política, mas num momento de alinhamento do Brasil com o eixo de autocracias, como China, Rússia e Irã.
Uma resposta
O centro do problema não é o nome, é a cara de pau com verniz diante da tropa, já bastante insatisfeita com os rumos que o desgoverno vem dando em relação a eles. Sem as forças armadas o caldo entorna. Não haverá sustentação o bastante para segurar a pressão. Quando os patriotas estavam acampados na porta dos quartéis o medo dos esquerdistas era as FFAA abraçarem a causa. Tanto que ninguém ousou pronunciar uma palavra sequer contra elas.