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Primeiro voo de deportados da era Trump chega ao BR  nesta sexta

O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, receberá nesta sexta-feira (24) o primeiro voo com deportados dos Estados Unidos após a posse de Donald Trump. O avião, previsto para chegar à noite, traz 158 brasileiros deportados. Este é o segundo voo do tipo a pousar em Confins este ano — o primeiro, ainda sob a gestão de Joe Biden, trouxe 100 deportados no dia 10 de janeiro.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, anunciou que, desde a posse de Trump, 538 imigrantes ilegais já foram detidos, incluindo suspeitos de terrorismo, membros de gangues e criminosos condenados por abuso sexual de menores. “Promessas feitas. Promessas cumpridas”, escreveu Leavitt, destacando que “centenas de imigrantes ilegais já foram deportados em aeronaves militares”, marcando o início da maior operação de deportação em massa da história.

Medidas Rigorosas na Fronteira

No discurso de posse, Trump anunciou ações duras contra a imigração ilegal. Entre as medidas estão:

  • Restabelecimento da política “Permaneça no México”;
  • Retomada da construção do muro na fronteira com o México;
  • Punição com pena de morte para imigrantes ilegais que cometam assassinatos;
  • Suspensão do direito automático à cidadania para crianças nascidas em solo americano;
  • Fim do asilo para quem cruza a fronteira ilegalmente;
  • Classificação de cartéis como organizações terroristas, usando a Lei dos Inimigos Estrangeiros, de 1798.

Além disso, Trump revogou cerca de 80 decretos do governo Biden relacionados à imigração e suspendeu a concessão de refúgios por quatro meses, além de endurecer o processo de análise desses pedidos.

Impacto no Brasil e na Comunidade Internacional

Este primeiro voo com deportados reflete a política de tolerância zero da nova administração americana. No entanto, as medidas enfrentam críticas de ativistas de direitos humanos e especialistas em relações internacionais, que apontam riscos de violação de direitos básicos e tensões diplomáticas.

Para o Brasil, o aumento nas deportações e a pressão americana para que países da América Latina intensifiquem o combate ao crime organizado podem expor fragilidades institucionais. O governo brasileiro, que já lida com desafios em sua política migratória e de segurança pública, terá de enfrentar o impacto social e econômico do retorno forçado de centenas de deportados.

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Redação

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