Começamos o ano com o primeiro Boletim Focus de 2025 trazendo projeções econômicas que sinalizam, mais uma vez, um cenário desafiador para a economia do Brasil e em especial ao trabalho do “sobrevivente” Fernando Haddad. A taxa Selic, agora estimada em 15% para o final de 2025, ante 14,75% da semana anterior, aponta para um novo ciclo de aperto monetário, refletindo o impacto do risco fiscal, da atividade econômica aquecida e da inflação persistente. O ministro Fernando Haddad precisa, urgentemente, agir para recuperar a credibilidade fiscal do governo, que nunca foi das melhores. Fazer as pessoas acreditarem no que é dito não será uma tarefa nada fácil.
Inflação: um desafio além da meta
A previsão de inflação para 2025 é de 4,99%, ultrapassando a banda superior da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), cujo atual presidente é o ministro da Fazenda Fernando Haddad, de 4,5%. O IPCA-15 de dezembro já antecipou dificuldades, registrando uma inflação acumulada de 4,71% em 2024. O dado oficial do IPCA deve confirmar essa tendência na sexta-feira, dia 10/01/2025 (esperamos vir por volta dos 4,90%).
Risco fiscal e crescimento da dívida pública
Como Haddad vai fazer com que o mercado acredite nele, se o endividamento público permanece como um ponto de atenção crítica? As projeções apontam para uma relação dívida/PIB de 66,95% em 2025, aumentando para 70,80% em 2026 e 74,10% em 2027. Esse cenário sem perspectiva de estabilização amplia os desafios para variáveis fundamentais como câmbio, juros e inflação.
Parafraseando o grande Raulzito, não adianta Haddad dizer que conhece a história do princípio ao fim e que é astrólogo. Dessa maneira, o Brasil não aguenta!
O que fazer neste cenário de Selic e inflação mais alta?
O primeiro Boletim Focus de 2025 mostra um ano de grandes desafios econômicos que não conseguiremos resolver com astrologia. Taxas de juros elevadas e inflação acima da meta exigem atenção redobrada dos investidores e das famílias. Agora é o momento de ajustar estratégias financeiras para proteger seu patrimônio e aproveitar oportunidades. Títulos atrelados à inflação podem ser uma excelente ideia, porém eu não negligenciaria também outros ativos de risco, ainda que no curto prazo você possa sofrer um pouco.
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