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Perseguição? Pochmann exige retirada de sigla IBGE do sindicato

O presidente do IBGE, Márcio Pochmann, exigiu que o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do IBGE (AssIBGE) retire a sigla “IBGE” de seu nome. A decisão, formalizada por uma notificação extrajudicial assinada pelo procurador-chefe do instituto, Carlos Alberto Pires, foi interpretada pela entidade sindical como uma retaliação por críticas à gestão do economista indicado pelo governo Lula.

O sindicato classificou a medida como “antissindical” e apontou outras ações que considera retaliatórias, como a criminalização de greves, ameaças de cobrança retroativa por uso de espaços cedidos pelo órgão e ataques institucionais ao AssIBGE. A entidade destacou que o uso da sigla de órgãos públicos em associações de servidores é uma prática consolidada no Brasil desde 1947.

A gestão de Pochmann enfrenta forte resistência interna. Funcionários criticam mudanças no estatuto do IBGE, falta de diálogo sobre reformas no órgão e a criação da Fundação IBGE+, acusada de abrir espaço para a privatização e redução da autonomia do instituto. Em janeiro, dois diretores de pesquisa foram demitidos, gerando manifestações de repúdio de servidores e ex-diretores.

Nesta última quinta-feira (23), o instituto também anunciou substituição de diretores da instituição. Maria do Carmo Dias Bueno assumirá o cargo de diretora de geociências, substituirá Ivone Lopes Batista. Outra mudança é Gustavo de Carvalho Cayres da Silva ficará na diretoria-adjunta, no lugar de Patricia do Amorim Vida Costa.

A decisão se deu poucos dias depois do órgão ter demitido 2 diretores de pesquisas e aumentado o atrito entre os funcionários e a direção do IBGE

A situação piorou com o lançamento de uma edição do Atlas Geográfico Escolar contendo erros graves, como informações incorretas sobre períodos geológicos e mapas trocados. Embora o IBGE tenha publicado uma errata, o episódio intensificou as críticas à gestão, acusada de ser ideológica e despreparada.

A oposição ao governo critica a gestão de Pochmann e questiona a credibilidade dos dados do instituto, enquanto o governo Lula tenta minimizar os danos. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, rebateu as críticas, alegando que a metodologia do IBGE é a mesma utilizada em governos anteriores.

Desde sua indicação, Pochmann, conhecido por sua visão econômica heterodoxa e ligação histórica com o PT, enfrenta acusações de aparelhamento político no órgão.

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Redação

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