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Lula se irrita com crise do Pix e recuo expõe falhas na comunicação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou insatisfação com os erros que levaram ao recuo na norma da Receita Federal para ampliar a fiscalização sobre transações via Pix, conforme apuração da Folha de S.Paulo. A medida, considerada essencial pela equipe econômica, foi abandonada após forte pressão popular e política, evidenciando falhas na articulação e comunicação do governo.

Dentro e fora do Planalto, a percepção é de derrota para a oposição, marcada por “uma sucessão de erros”. Entre as falhas citadas por aliados está o tratamento burocrático dado à medida pela equipe econômica, sem planejamento estratégico de comunicação. Nem Lula nem a Casa Civil, segundo afirmam, teriam sido informados da norma antes da repercussão negativa nas redes sociais.

A reação pública foi alimentada por vídeos críticos, como o do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que ultrapassou 200 milhões de visualizações no Instagram. No conteúdo, Nikolas destacou possíveis impactos da norma em autônomos e microempreendedores individuais. A publicação gerou reações, incluindo a promessa de processo por parte de Guilherme Boulos (PSOL-SP), que acusou Nikolas de espalhar fake news.

Após reuniões tensas, Lula optou pelo recuo como medida política para “estancar a desconfiança da população e evitar fuga de recursos do sistema financeiro”. A decisão, embora contrária à posição inicial de Fernando Haddad (Fazenda), foi defendida pelo ministro-chefe da Secom, Sidônio Palmeira, e por Rui Costa (Casa Civil), que alertaram sobre o risco de aprovação de um decreto legislativo derrubando a norma.

Haddad, que inicialmente defendia a medida, ponderou que uma campanha publicitária não seria suficiente para conter o desgaste. A proposta de um pronunciamento em rede nacional foi abandonada, e o anúncio do recuo foi feito por Haddad, Jorge Messias (AGU) e Robson Barreirinhas (Receita).

Divisão interna e lições para o governo
O episódio escancarou divisões internas no governo. Parlamentares da base que defenderam publicamente a norma expressaram frustração com o recuo. Sob reserva, um ministro admitiu que o caso serve como lição para o governo, que precisa monitorar narrativas negativas antes de propor medidas com impacto popular.

A condução da crise, apontada como um erro estratégico, é um dos primeiros pontos de atrito entre Haddad e Sidônio Palmeira, recém-nomeado para a Secom. O episódio reforça o desafio do governo em alinhar comunicação e política em meio a crises de grande repercussão.

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Redação

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