O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (27) que a demissão da ex-ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi motivada pela necessidade de “mais agressividade” na condução do governo. A declaração foi dada em entrevista à TV Record.
“A Nísia era uma companheira da mais alta qualidade, minha amiga pessoal, mas eu estou precisando de um pouco mais agressividade na política que o governo tem que aplicar, mais agilidade, mais rapidez e por isso estou fazendo algumas trocas”, disse Lula.
Com a saída de Nísia, o comando da Saúde passa para Alexandre Padilha, que deixa a Secretaria de Relações Institucionais (SRI). O presidente já definiu um substituto para Padilha, mas disse que só revelará o nome após conversar com a pessoa escolhida. Ele também prometeu concluir a reforma ministerial depois do Carnaval.
Mudanças no governo
Lula comparou o processo de reforma ministerial à estratégia de um técnico de futebol.
“Você sabe o técnico de futebol quando ele tem que tirar um e colocar o outro, normalmente o que sai, sai de cara feia, e o que entra tem que fazer melhor do que ele”, afirmou.
Ao ser questionado sobre quantas trocas pretende fazer, o petista desconversou.
“Não sei. Aqui é que nem um técnico, você entra em campo com um time, depois vai vendo quem vai tirar”, completou.
Disputa pela SRI
A substituição de Padilha na Secretaria de Relações Institucionais ainda gera debate. Segundo o Poder360, aliados desaconselharam Lula a nomear a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR). O nome mais cotado para o cargo é o do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
No entanto, a ala pragmática do governo, mais próxima ao Centrão, defende que o cargo seja ocupado por um nome fora do PT, como o deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), que deve assumir a liderança do governo na Câmara. Outro nome considerado é o do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.