O dólar está mais caro em termos reais do que durante a crise econômica do governo Dilma Rousseff, mas a valorização em 2024 é de 25%, inferior ao salto de 62% registrado entre janeiro de 2015 e janeiro de 2016, segundo análise feita pela Folha de S. Paulo.
Entre 2015 e 2016, o PIB do Brasil recuou 3,8% e 3,6%. Em contraste, o PIB cresceu 3,2% em 2023 e deve fechar 2024 com alta de 3,49%, segundo o Focus.
Apesar do crescimento, a dívida pública subiu de 69,8% do PIB em 2016 para 77,8% em outubro de 2024. A previsão da Instituição Fiscal Independente (IFI) é que a relação dívida/PIB atinja 84,1% em 2026, um aumento de 12,4 pontos percentuais durante o terceiro governo Lula.
Alta do dólar por governo:
- FHC: 320,5%
- Lula 1 e 2: 52,9%
- Dilma: 118%
- Temer: 19%
- Bolsonaro: 36%
- Lula 3: 17%
A valorização global do dólar também contribui para o aumento interno. Segundo o Itaú, a moeda americana atinge seu segundo maior valor histórico, atrás apenas dos anos 1980, quando os juros nos EUA chegaram a 20%.
A expectativa de vitória de Donald Trump nas eleições americanas fortalece ainda mais a moeda, com projeções do Deutsche Bank de que o dólar possa alcançar paridade com o euro no próximo ano.