A crise no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se agrava, com a renúncia em massa de diretores como forma de protesto contra a gestão de Márcio Pochmann, indicado pelo presidente Lula. A saída de Elizabeth Hypolito e João Hallak Neto, responsáveis pela Diretoria de Pesquisas Econômicas, abriu caminho para novas demissões, como as de Ivone Batista e Patrícia Costa, da área de Geociências, previstas até o final do mês.
Fontes internas revelam insatisfação com a falta de diálogo da presidência, decisões autoritárias e a criação da controversa Fundação IBGE+. Segundo críticos, essa fundação, implementada sem consulta ao corpo técnico e à sociedade, representa uma tentativa de desviar o protagonismo do IBGE para uma entidade de direito privado, ameaçando a soberania geoestatística nacional.
Além disso, mudanças como a transferência de servidores para o Horto Florestal, considerado de difícil acesso, e a cobrança de aluguel do sindicato contribuíram para o clima de tensão. Em nota, o sindicato Assibge classificou essas ações como “autoritárias” e convocou um ato público para exigir um diálogo efetivo com a presidência do órgão.
A crise expõe falhas graves na gestão de Pochmann, que enfrenta críticas internas e externas sobre sua condução. “O IBGE não precisa de uma fundação paralela; precisa de uma liderança comprometida com sua missão pública”, declarou a ex-presidente do órgão, Wasmália Bivar.
Enquanto isso, no cenário político, opositores apontam a saída dos diretores como reflexo de um governo mais focado em propaganda do que em gestão eficiente. O deputado Eduardo Pedrosa criticou duramente a situação, chamando-a de “uma narrativa fabricada que agora desmorona”.
O IBGE, procurado, não se manifestou sobre as recentes demissões, mas o clima de insatisfação sugere que a crise está longe de ser resolvida.
Veja a repercussão da notícia no X:
O DESMANCHE DO IBGE
Diz O Globo que “O ar está perto do irrespirável na cúpula do IBGE. Na semana passada, dois diretores pediram demissão: Elizabeth Hypolito e João Hallak Neto. Respectivamente diretora e diretor-adjunto de Pesquisas Econômicas, a mais importante do órgão. Até… pic.twitter.com/sFJ11W3Lzb
— Fernao Lara Mesquita (@fernaolmesquita) January 13, 2025
— 🇧🇷🇮🇹 (@MarciaZBal) January 13, 2025
Bom dia
O IBGE de hoje vive no mundo encantado de BOB, totalmente fora da realidade. #BDSP #Segundou pic.twitter.com/CFbjkngedK— Gato Preto 75 (@GatoPretoo75) January 13, 2025