O Brasil registrou 3.680 casos de febre de Oropouche nas primeiras cinco semanas de 2025, um aumento alarmante de 73% em relação ao mesmo período de 2024. O Espírito Santo concentra 94% das infecções, com 3.463 registros. Outros estados como Rio de Janeiro (167 casos) e Minas Gerais (33) também foram afetados.

A doença, antes restrita à Amazônia, tem se espalhado rapidamente pelo país desde 2024. Em 2023, houve apenas 832 casos confirmados; no ano seguinte, o número explodiu para 13.785. O vírus é transmitido principalmente pelo mosquito-pólvora (Culicoides paraensis) e, em áreas urbanas, pelo pernilongo (Culex quinquefasciatus).

O Ministério da Saúde alerta que a febre de Oropouche é de notificação compulsória e imediata, devido ao risco epidêmico e à alta capacidade de mutação do vírus. Estudos indicam que até 60% dos pacientes podem sofrer recidiva, apresentando os mesmos sintomas ou uma versão mais branda da doença uma ou duas semanas após a infecção inicial. Ainda assim, o governo federal não apresentou uma estratégia clara para conter a propagação do vírus, limitando-se a recomendações genéricas de prevenção.

Os sintomas são semelhantes aos da dengue e incluem febre, dor de cabeça intensa, dores musculares e náuseas. Apesar do risco de complicações, como meningite e manifestações hemorrágicas, não há tratamento específico para a doença, e a recomendação do Ministério da Saúde se limita ao repouso e tratamento sintomático.

A febre de Oropouche já é considerada uma ameaça à saúde pública devido ao seu potencial epidêmico e alta capacidade de mutação. Diante do crescimento dos casos, é perceptível a falha do governo Lula em encabeçar uma campanha efetiva para parar o aumento exponencial dos casos de febre de Oroupoche.