Após semanas sem esclarecer quem está à frente do Doge (Departamento de Eficiência Governamental), a Casa Branca confirmou nesta quarta-feira (26) que Amy Gleason é a administradora do órgão, e não Elon Musk, como especulado. O Doge é uma iniciativa de cortes drásticos de gastos no governo Trump.

A administração foi pressionada a nomear formalmente um responsável depois de afirmar, em um processo judicial, que Musk não tem autoridade sobre o programa. Durante uma audiência sobre o acesso do Doge aos sistemas do Departamento do Tesouro, a juíza federal Colleen Kollar-Kotelly cobrou esclarecimentos. “Onde está o Sr. Musk em tudo isso?”, questionou.

Gleason, ex-funcionária do Serviço Digital dos EUA, trabalhou na primeira gestão Trump e voltou com a posse do republicano em janeiro. O Serviço Digital foi rebatizado como Doge e conduz uma reestruturação radical do governo federal, com milhares de demissões.

Um funcionário da Casa Branca informou que Gleason tem atuado como ligação com outras agências. Não ficou claro se ela foi nomeada recentemente ou se já exercia a função.

Segundo seu perfil no LinkedIn, ela ocupa o cargo de conselheira sênior desde o mês passado. A ordem executiva que criou o Doge estabelece que a administradora se reporta diretamente à chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles.

O histórico profissional de Gleason inclui consultoria independente e atuação como diretora de produtos em uma empresa de capital de risco em saúde e em uma organização de saúde rural.

Em um processo judicial no início deste mês, a Casa Branca declarou que Musk é funcionário não remunerado do governo e conselheiro sênior do presidente, com status de “funcionário especial”, o que indica um papel temporário.