O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou a condução do agronegócio pelo governo Lula nesta quinta-feira (27). Pré-candidato à Presidência em 2026, ele classificou a suspensão do Plano Safra como um “constrangimento” e afirmou que, caso eleito, o Ministério da Agricultura terá status prioritário em sua gestão.
“Eu garanto a você que no meu governo a agricultura não vai ser um ministério acessório. Vai ser ministério alto clero. E como tal, não vai passar por esses constrangimentos, onde você tem aí um plano safra e de repente você acha que deve cortar o plano safra”, declarou Caiado durante assembleia do Consórcio Brasil Central.
A suspensão do Plano Safra, em 20 de fevereiro, devido à falta de recursos, gerou forte reação no setor. Apenas quatro dias depois, o governo liberou um crédito extraordinário de R$ 4,2 bilhões para reativar o programa, mas a decisão não foi suficiente para evitar o desgaste. Para Caiado, o episódio reflete uma postura hostil ao agro.
“Eu vejo isso aí como sendo mais uma falta de inteligência do governo em querer agredir esse segmento que tanto tem salvado o Brasil e que cada ano que passa, ele aumenta a sua produtividade. Então, é uma falha, é lamentável”, disse o governador.
Caiado foi reconduzido à presidência do Consórcio Brasil Central, que reúne Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins e o Distrito Federal, com mandato até o fim de 2025. Durante o evento, ele anunciou que trabalha em uma proposta para impulsionar o uso de inteligência artificial nos estados por meio de um data center compartilhado.
“Criarmos um centro, um data center, uma plataforma […] com isso nós teríamos uma coleta de dados, nós teríamos um grau de informações, tá certo, capaz de poder fazer avançar a inteligência artificial, tanto na parte da agricultura, da segurança pública e da saúde”, explicou.