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Braga Netto tentou acessar delação de Cid, diz PF

O general da reserva Braga Netto (PL), ex-ministro da Defesa e vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, é acusado de tentar acessar informações sigilosas da delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. A Polícia Federal (PF) interpretou o ato como tentativa de interferir nas investigações, o que levou à prisão preventiva do militar, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

De acordo com a PF, Braga Netto teria financiado um plano golpista, entregando dinheiro em uma sacola de vinho para operações clandestinas, incluindo o monitoramento do ministro do STF Alexandre de Moraes. Documentos apreendidos na sede do Partido Liberal (PL) indicam que investigados, por intermédio do pai de Mauro Cid, pressionaram o ex-ajudante de ordens a revelar o teor de seus depoimentos e a minimizar a implicação dos envolvidos.

Braga Netto é investigado por promover e financiar uma suposta tentativa de golpe e assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes. A PF aponta que o militar teve envolvimento direto nos seguintes atos:

  • Coordenação de reuniões golpistas: Recebeu em sua residência em Brasília uma reunião para planejar o golpe de Estado, em 12 de novembro de 2024.
  • Chefia de um suposto gabinete de crise: Planejado para atuar após a execução do golpe, com o objetivo de realizar novas eleições.
  • Estratégias de comunicação e inteligência: Articulou apoio nacional e internacional ao plano.
  • Coordenação de ações clandestinas: Liderou militares de formação especial (“kidon pretos”) em ações golpistas e na tentativa de prender e executar Alexandre de Moraes.
  • Interferência no processo de delação: Buscou informações sigilosas do acordo de colaboração de Mauro Cid.

O general é indiciado por crimes como promoção de organização criminosa (pena de 3 a 8 anos), tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito (4 a 8 anos) e tentativa de golpe de Estado (4 a 12 anos).

Braga Netto negou envolvimento no planejamento do golpe. Em outubro, ele classificou as acusações como “absurdas” e negou qualquer intenção de cometer assassinatos. “Nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano para assassinar alguém. Essa tese é fantasiosa e absurda”, afirmou em nota.

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Redação

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