O governo Lula cortou R$ 200 milhões do orçamento de 2025 para gestão de riscos e desastres ambientais em 2025. Em 2024, o valor foi de R$ 1,9 bilhão. Neste ano, será de R$ 1,7 bilhão. O corte ocorre após enchentes no Rio Grande do Sul, recorde de queimadas no Pantanal e seca na Amazônia.
Segundo o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), emendas parlamentares para desastres climáticos também caíram de R$ 69,9 milhões, em 2024, para R$ 39,1 milhões em 2025. Nos últimos anos, o governo investiu, em média, R$ 2,3 bilhões anuais no programa de gestão de riscos.
A redução acontece no ano em que o Brasil sediará a COP30, em Belém (PA).
Em 2024, o governo liberou R$ 6,9 bilhões em créditos extraordinários para desastres. O Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) apontou que 42,7% da população da Bahia, Espírito Santo e Pernambuco vive em áreas de risco.
Para prevenção, o Ministério das Cidades aumentou o orçamento de R$ 639 milhões, em 2024, para R$ 658 milhões em 2025. A pasta destacou R$ 15,8 bilhões para obras de drenagem e R$ 1,7 bilhão para contenção de encostas.
O Ministério da Ciência e Tecnologia propôs R$ 19,9 milhões para o Cemaden em 2025, após cortes que reduziram o orçamento de R$ 19,1 milhões para R$ 14,8 milhões em 2024.