Na cerimônia de abertura do ano judiciário de 2025, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, resolveu celebrar sua relação com os chefes do Executivo e do Legislativo. Em discurso, disse que ele, assim com o presidente Lula, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) são “pessoas que se querem bem e, acima de tudo, querem o bem do Brasil”.
“Faremos coisas boas juntos pelo Brasil. Que possamos todos ser abençoados para cumprirmos bem a nossa missão”, declarou o presidente do STF.
O comentário de Barroso, quase um deboche ao resto da sociedade, parece desprezar o cenário de confusão institucional, com o avanço do Judiciário sobre as prerrogativas do Executivo e do Legislativo, inclusive com o controle de emendas orçamentárias, tema que foi alvo prioritário do discurso de vitória de Alcolumbre, no sábado. Se Flávio Dino cobra transparência e rastreabilidade, o senador quer autonomia sobre essa gorda fatia do orçamento.
Barroso, naturalmente, aproveitou para lembrar o 8 de janeiro de 2023 e enaltecer a “vitória das instituições”. Segundo ele, todos ali presentes são autoridades eleitas.
“Aqui estamos, os presidentes dos três Poderes. O presidente Lula, que foi eleito com mais de 60 milhões de votos. O presidente Davi Alcolumbre, eleito com 73 votos em 81 senadores. E o presidente Hugo Motta, o segundo mais votado da história da Câmara dos Deputados, com 444 votos. E eu mesmo, que fui eleito com 10 votos em 11. Só eu não votei em mim”, finalizou Barroso.