Ontem, após a eleição de Davi Alcolumbre (União/Amapá) para a Presidência do Senado, houve também a escolha dos parlamentares que ocuparão os demais cargos da Mesa Diretora. Os acordos de gabinete garantiram espaço tanto ao PL quanto ao PT, com Eduardo Gomes (Tocantins) e Humberto Costa (Pernambuco), respectivamente.
As quatro secretarias foram divididas entre Daniela Ribeiro (PSD/Paraíba), Confúcio Moura (MDB/Rondônia), Ana Paula Lobato (PDT/Maranhão) e Laércio Oliveira (PP/Sergipe).
As respectivas suplências ficaram com Chico Rodrigues (União/Roraima), Mecias de Jesus (Rep/Roraima), Styvenson Valentim (PSDB/Rio Grande do Norte) e Soraya Thronicke (Pod/Mato Grosso do Sul).
Não há qualquer representante, mesmo nas suplências, das regiões Sul e Sudeste, que representam quase 70% do PIB do país e congregam mais de 57% dos eleitores.
A propósito, desde a redemocratização só houve um presidente do Senado dessas regiões, o senador Nelson Carneiro, baiano que trilhou a política pelo Rio de Janeiro e foi eleito para o comando da Casa no biênio 1989-1990.
Respostas de 5
Oras bolas, e todos os acordões q fizeram p reeleger esse pulha? Os q o apoiaram não sabiam disso? Os senadores das regiões sul e sudeste q apoiaram esse knalha são responsáveis diretos por essa desgraça, esses senadores traíram seus eleitores. Alcolumbre é o candidato perfeito p q tudo continue como está, é o candidato do continuísmo do retrocesso. Por mais q tentem justificar q ele era a “escolha certa”, sabemos muito bem a quem ele irá servir.
Caro Cláudio, desisti do Brasil, essa bagaça não tem jeito.
Absurdo!!!
Mais um dos efeitos sistêmicos dessa federação esquizofrênica que estrutura o Brasil.
Em um federalismo pleno, no qual os estados têm autonomia legislativa, judiciária, tributária e administrativa, e com uma cláusula constitucional que exige a ratificação de 4/5 dos estados federados para qualquer alteração na Constituição Federal, esse jogo ganhará outra dimensão, mais nobre e mais transparente. Aliás, há que se considerar que as atribuições dos parlamentares não terão mais a de “vereança federal”, já que a maior parte dos recursos tributários não sairão mais das cidades e estados.
Ou seja, a configuração dos poderes é outra.
Devemos aproveitar as constatações como essa que o Cláudio Dantas fez, para entender que a causa é estrutural. Assim, seremos levados a pensar na solução correta, que é substituir a atual estrutura que dá sustentação para toda essa bandalheira.
E viva o centrão! Parabéns, bolsopetistas. Isso que é saber fazer oposição. Oposição “infiltrada”, né? Deve ser o xadrez 4D.